Deus no colo

Uma das músicas do coral no ensaio de hoje, fez-me refletir sobre o privilégio de Maria, mãe de Jesus. Um trecho da música diz: "Maria abraça com ternura, guarda, aquece seu filhinho". Quem tem a graça de segurar um bebê no colo que saiu do seu ventre não consegue mensurar a ternura e amor que invade o corpo materno; é mais do que se pode sentir. Maria: a única mulher livre para adorar o próprio filho. Penso que sobre isso ela não tinha reservas. Ela podia segurar e louvar  os dedinhos minúsculos que um dia fizeram o mundo. Ela podia dar um cheiro carinhoso e glorificar os pezinhos que seriam pregados na cruz. Ela podia beijar em adoração a cabecinha coroada de todo poder no céu e na terra. Ninar para dar descanso àquele que carregaria o fardo do mundo inteiro. Compôs uma canção sublime para glorificar ao inventor do sabiá e do bem-te-vi. Oh, que benesse recebeu essa mulher bendita! Poder ajoelhar-se diante da manjedoura de palha e cultuar o dono do universo. Maria carregou o Deus Filho no colo. Carregou. Deus. No. Colo. Amamentou o Pão da Vida. Uma moça simples, do interior de Belém, alimentou e deu de beber a Jesus. O Deus Filho cresceu e extendeu o privilégio de Maria a todo àquele que fizer a vontade do Pai (Mateus 12:50). E acrescentou: “Em verdade vos digo que, quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes." (Mateus 25: 40).